segunda-feira, 24 de maio de 2010

Poesia de um surfista cristão



Em nossa última reunião, Israel Alves, trouxe uma reflexão muito massa através de uma breve palavra e de sua nova música. Com uma letra muito profunda que nos faz pensar um pouco sobre como temos nos portado como cristãos, como discípulos de Jesus.

Confira mais um pouco mais do que ele quer falar aos nossos corações:

"Sempre fui a favor do amor. Sempre preguei o amor ao próximo, mas esses dias percebi que tinha a teoria, mas não a praticava. Deixo claro que não me refiro a dar dinheiro na rua (sou mais adepto a dar comida ao invés de dinheiro, que pode ser utilizado pra outros fins). Acho que isso só acomoda a população carente. Falo de dar amor, servir, ajudar os que precisam e se possível “ensinar a pescar ao invés de dar o peixe”.
Esses dias eu vinha dirigindo, voltando pra casa na madrugada, e chovia bastante. Estava voltando de uma saída “supérflua”, onde havia gastado com besteira e desperdiçado o básico. Do carro, protegido da chuva, avistei uma senhora dormindo na calçada. Ela encolhia-se, numa tentativa de proteger-se do frio. Percebi o contraste de nossas vidas e o quão grande é a desigualdade social. O sinal abriu e eu fui pra casa: Não fiz nada!

Parece moda culpar Deus pelas desgraças do mundo. Desgraças essas que nós mesmos cometemos. É muita imaturidade não assumir nossos erros e culpar alguém por eles. Se você quer culpar a Deus, culpe-o por nos amar infinitamente e por ter-nos dado liberdade. Porque é essa liberdade que nos permite destruir a vida.
Enquanto dirigia, fui percebendo que minha teoria não andava com a prática. Lembrei da passagem em Tiago que diz que “a fé sem obras é morta”. Senti que era algo que precisava mudar em minha vida. Não dá pra continuar sem atitude.
Aquela frase ficou martelando na minha cabeça e ao chegar em casa, peguei o violão e comecei a compor a música “fé sem obras”."


Ela ainda não está totalmente terminada, mas esse aqui é o trecho principal:

Alguém está com fome, mas ninguém parece enxergar
Alguém está com sede, mas ninguém parece se importar
Comidas de luxo, jogadas ao lixo
Enquanto os povos gritam, clamando por ajuda

O que fizestes aos meus pequeninos, fizestes a mim também

Alguém está com frio, mas ninguém parece sentir
Alguém está doente, mas ninguém parece cuidar
Hipócrita fé, sem obras jaz num caixão


Por: Israel Alves

3 comentários:

  1. Importante a percepção do amigo Israel.

    E ele tem toda razão... Não sou a favor de dar esmolas, e comida na beira mar eu só dou se a pessoa se comprometer a comer na minha frente (eles pedem comida e vendem a preço de banana pros taxistas).

    Mas me ajudou muito me engajar em projetos sociais (não esses projetos assistencialistas das igrejas), mas projetos que, efetivamente, podem dar novos horizontes a pessoas marginalizadas.

    E projetos existem vários aqui em Fortaleza.

    Desde que eu comecei a ser voluntário em um projeto social sério e ver que um pouco de tempo na semana estava ajudando efetivamente a vida de muitos, eu, quando me deparado com alguém me pedindo grana ou coisas assim, não me sinto mal, pq por mais que eu não possa resolver todos os problemas (até pq, isso teoricamente é para ser feito pelo estado, eles tiram uma boa fatia do meu salário em impostos para isso), eu digo "não" tranquilo não por ser egoísta, mas por saber que eu faço minha parte.

    Enfim, parabéns pela percepção!

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  2. Poxa vida!
    Fiquei até sem palavras...
    Estou com vergonha de mim mesma... percebi que tb só tenho a teoria... nada de prática... =T

    Deus abençoe vcs ;D

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  3. E que o Senhor possa usar a cada um de nós como instrumento de Sua obra!
    E mesmo que não tenhamos tempo, horários, dons, Deus sempre tem uma forma de usar a sua vida. Basta você deixar que Ele te mostre!

    Que o Senhor continue abençoando a cada um :)

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